Disfunção Sexual Feminina pode ser definida como uma desordem de desejo, excitação, orgasmo ou dor durante a atividade sexual, sendo:
Desordem de desejo: ausência/deficiência persistente ou recorrente de fantasias e pensamentos sexuais, podendo chegar a uma situação de aversão sexual.
Desordem de Excitação: incapacidade de atingir ou manter excitação sexual suficiente.
Desordem do orgasmo: dificuldade persistente ou recorrente, demora ou ausência de obtenção de orgasmo após excitação e estímulo sexual suficientes.
Desordens Sexuais Dolorosas: Dispareunia e Vaginismo.
A falta de desejo sexual é um dos problemas mais frequentes, pois está relacionado ao estresse diário, excesso de trabalho, problemas familiares, problemas financeiros, entre outros.
A dispareunia é um termo abrangente, que indica as situações nas quais a relação sexual é caracterizada pela dor. A dispareunia poder ser de entrada (localizada na entrada do canal vaginal) ou de profundidade (localizada no fundo do canal). Suas causas estão relacionadas a fatores como a menopausa, falta de lubrificação, causas orgânicas como infecções, cicatrizes dentre outras.
O Vaginismo provoca a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico causando dor e impedindo a penetração. Os fatores geralmente estão ligados a uma educação mais rígida, algum trauma sexual, abuso sexual na infância, fatores religiosos e culturais, dentre outros. Ainda sim muitos casos de vaginismo possuem origem indeterminada. Muitas vezes o vaginismo pode ocorrer após cirurgias, parto, alergias ao preservativo e infecções pélvicas. Devido a medo, constrangimento e até mesmo por falta de conhecimento, muitas pacientes demoram para procurar ajuda profissional gerando piora no quadro, atrapalhando seus casamentos e relacionamentos.
A fisioterapia pélvica trabalha a conscientização perineal, no relaxamento do assoalho pélvico e na dessensibilização das áreas dolorosas, através de técnicas como exercícios do assoalho pélvico, calor superficial, massagem perineal, eletroestimulação transvaginal ou de superfície e uso de dilatadores vaginais, entre outros métodos.
O tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar: ginecologista, endocrinologista, psicólogo e o fisioterapeuta pélvico.
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