O período após o parto é chamado de pós parto ou puerpério, quando as modificações locais e sistêmicas provocadas no organismo da mulher pela gestação e parto retornam ao estado pré-gravídico. Pode ser dividido em: puerpério imediato (do 1o ao 10o dia), tardio (do 10o ao 45o dia) e remoto (após o 45o dia).
Durante o puerpério ocorre a involução uterina (primeiras seis semanas), sendo que a lactação acelera esta involução. O assoalho pélvico pode permanecer hipotônico e distendido pela ação hormonal, sobrecarga do bebê e possíveis traumas durante o trabalho de parto vaginal (laceraçôes ou episiotomia). Dessa forma, é comum o aparecimento da incontinência urinária, muitas vezes uma condição já presente na gestação ou que pode surgir durante o puerpério.
Durante a gestação, o crescimento uterino favorece o estiramento da musculatura abdominal, que é conhecido com diástase dos músculos retos abdominais. Esta pode permanecer no pós parto imediato e tem como fatores predisponentes a obesidade, multiparidade, gemelaridade e flacidez da musculatura abdominal. Esta condição pode ser observada inicialmente no segundo trimestre de gestação, tendo uma incidência maior nos três últimos meses, em virtude do volume abdominal maior. A diástase é dita fisiológica, quando se apresenta com mais ou menos 3 cm. Com esse grau de diástase, há retorno espontâneo às condições pré-gravídicas, sem complicações.
A fisioterapia pélvica atua no puerpério ou pós parto, visando melhorar a tonicidade da musculatura abdominal e do assoalho pélvico. O tratamento é realizado através de técnicas como a cinesioterapia, exercícios isométricos para fortalecimento abdominal, manobra hipopressiva, exercícios de Kegel entre outras técnicas.
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